terça-feira, 11 de novembro de 2014

Um Renascer



Entro em casa, naquela mesma casa gélida, sombria, cheia de incoerências e depravações de energias negativas, no entanto algo mudou, as paredes deixaram de ecoar berros agoniantes, os fantasmas escondidos nas soleiras das portas desapareceram e os olhares frios cheios de nada desvanecem ao meu passar. Algo quer renascer, algo de positivo, muito mais que as próprias palavras possam descrever. As pernas ainda tremem e as mãos ainda não ganharam a força suficiente para levantar o corpo morto mas vão tentando, a alma entre pensamentos distantes e passeios vadios, tenta reconstituir-se e reencontrar a sua outra metade, o seu corpo morto, abandonado à tanto tempo que já nem sabe como voltar, como se redimir.
Continuo a vaguear pela casa, de forma absorver e observar o que esta casa tenta transmitir, sabe bem esta mudança, que no fundo não é uma mudança mas uma revitalização.
Algo de novo e de bom renasce aos poucos, não sei quanto tempo pode levar, não sei para quando, nem sei bem o caminho a ser traçado mas sei que irá acontecer porque uma luz não surge para fugir mas à espera de ser agarrada e de iluminar um novo caminho.

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