quinta-feira, 25 de abril de 2013

Nada Mais Nada Menos



Esta sede de escrever, de me exprimir em meras palavras desenhadas de forma tão harmoniosa e perfeita deixam-me no mundo do imaginário.
Esta loucura que me conjura e perfaz o meu ser, o meu deleito do viver.
Esta imensidão de sentimentos sempre tão loucos e à flor da pele prontos a serem expelidos a qualquer momento.
Esta vontade de viver no expoente máximo sem pensar no depois, apenas vivendo o momento da melhor forma possível sem onde, porquê e quando apenas deixando a minha loucura vaguear, navegar, divagar na sua forma mais pura e translúcida que a noite oferece.
Esta impulsão de um ser livre, sem amarras, sem prisões de viajar livremente mundo fora.
Esta vontade de desejo de não seguir rebanhos, de não seguir ideais, tendências, modas, até mesmo de não seguir a sociedade e ser uma contra corrente, de me afirma enquanto ser livre, de ideias fixas , construídas e moldáveis pela sede de conhecimento que a gentileza da natureza, das palavras, da música cultiva no meu sedento ser.
Esta insanidade louca na inocência juvenil deixa-me sedento, nada mais e sem mais e mesmo sem menos apenas sedento da genuína e verdadeira liberdade... sedento de conhecimento... apenas sedento... porque a minha loucura não tem cura e continuará sedenta apenas querendo sempre mais e mais... Hoje continuo sedento...

sábado, 13 de abril de 2013

Viagens Sem Destino



Não sei porquê e de onde veio esta vontade de saber de ti, de te procurar contrariando toda a certeza e convicção que regia o meu pensamento, simplesmente senti que necessitava de te ouvir de saber os porquês.
Senti uma necessidade de vaguear estrada fora sem saber onde ir ou onde parar tendo de certa forma a certeza que apenas necessitava de algo que me levasse de novo à razão.
Precisei de navegar estrada fora de sentir o vento a entrar pela janela do carro, de ver a lua que iluminava o meu caminho até aquele recanto onde o mar impera e nem a sabedoria das rochas o travam.
Apenas precisava de uma resposta nada mais, apenas para saber que toda a convicção que tinha dentro de mim era certa...  Porque na incerteza da certeza sou apenas mais uma imperfeição da perfeiçao, navegando apenas ao leve sabor das ondas!

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Loucos Sentimentos de um Barco sem Vela



Hoje soltei a sede da escrita, o desejo de sentir a alma amarrada neste canto de escrita! De refundir de novo o desejo, a vontade, o amor e o requinte de escrever! Porque entre todas as sensações que me poderias fazer sentir esta foi a mais intensa e de uma harmonia perfeita. Sem um único sentido ou lógica, diria mesmo sem um propósito atingível.
Porque no fundo do ser reside toda uma alma coberta de receios e medos, com desejos de ser livre e voar, de ser livre para te ver sorrir e sentir!
Porque no desejo de mais um cigarro e no fundo de mais um copo de vinho tinto carece a intensidade do teu sabor, do teu olhar, do teu toque e talvez mas só talvez o sussurro do teu suspiro ao ouvido na sua intensidade mais doce e meiga, de algo tão singelo e inocente.
E é nas palavras e nas pequenas confissões que todo o muro se desmorona e o meu ser fica despido de fantasmas e olhares diabólicos, é nestes pequenos dilemas que fico nu, que toda a coragem de leão se desvanece perante a tua essência e é na tua ausência que nada parece fazer sentido e a quente e amarga lágrima escorre pelo rosto, pela distância causada da tua ternurenta e melodiosa voz, pela falta das tuas mágicas e viciantes palavras, sabendo que perante o que faça e tente nada importara para te aliciar a ficar e permanecer neste pequeno canto de mundo e céu só nosso.
Porque é a cada dia que escurece e a noite cai na sua beleza e no seu silêncio contagiante, que os sonhos são levados, que toda a alegria se desvanece e que todo o som da tua palavra existente em mim se desfaz lentamente deixando-me em transe e de olhar vidrado cobrindo-me do frio do mar, do desejo de te estender no chão. E mais uma vez a noite torna-se longa, sentindo todos os sentimentos que me navegam na pele e me transformam neste corpo já fraco de lutar, sem saber como quebrar o silêncio da ausência e do desejo, navegando apenas nas nuvens de fumo deixadas pela marca de mais um cigarro errante e destruidor do corpo e da alma, tornando-se apenas desabafos de um louco, alucinado e sonhador... enfim um corpo de papel envelhecido!