segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Um ser estranho



Hoje tinha de escrever, de esquecer as horas e flutuar nas palavras, de libertar a mente e focar-me apenas neste momento meio sórdido.
Tinha de acender um cigarro e deleitar-me entre o prazer deste fumo nocturno e de um copo de vinho tinto, deixar-me afogar nele e na noite gélida mas misteriosa que me encobre.
Divagar nas palavras da Sara Tavares ao som de um Ponto de Luz. Meio que estranho, meia alma, coração preenchido.
Suscita-me o interesse repentino e oculto em algum ponto desta noite que decorre calmamente, as palavras e as perguntas assaltam-me a mente de um jeito confuso mas que no entanto não deixo de esboçar um sorriso de felicidade.
Sinto que me sopras ao ouvido murmúrios os mesmo que me seduzem.
Estranho, meio que confuso, meio que sem sentido mas tudo tem a sua razão de o ser e entre o pensamento em ti e nas tuas palavras deixo-me adormecer ao som da tua doce e meiga voz mesmo que não presente ela perdura em mim e vou-me desvanecendo
com todas as confusões e perguntas saltitantes em mim mas sem deixar de te tirar do pensamento.