quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Outro Mundo




Procuro outro mundo 
não quero a terra 
aqui sou defunto
navego nas estrelas.

Hoje eu giro com Cheubacca, sou astronauta, via láctea conheço os anunnaki cor de kizaka. Aqui sou monarca, cinzentos falam das palmas de todas as almas tocadas com as minhas pautas, isto é suméria, o liricismo de impérios que foi perdido em mistérios que não nos contam.
No cemitério os indivíduos guerreiros levados primeiro são espectros que nos assombram, exorcismo na mente, o consumismo e o racismo viveram para sempre o metabolismo é lento e o comodismo que nos tinge é da cor do sofrimento, sangue.
Desde os princípios dos tempos que o homem assassina, extermina as mentes mais brilhantes, mais vadias heresia insolente, ideias eram demoníacas confundiam os crentes, decidiam bruxaria, inferno internamente e corpos ardiam, cinzas dançavam no vento mas agora danço com os lobos sou costner que cospe na batida composta por cordas e ouves as cordas vocais dum gordo, drogas ilegais no corpo, sativa na saliva que indica uma moca de topo, invoco o calor mentalmente mais alto que tenores mostro o meu som aos criadores.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Quero-te



    Quero-te a ti, quero-me em ti por inteiro. Quero-te com gestos, com ações, com momentos. Não te quero por metade, não te quero ao meu lado e a cabeça noutro lugar, não te quero aqui sem eu aqui estar. Esquece o que é certo, ignora o que é pecado, quero-te perto, quero-te ao meu lado. E se prometeres sonhar comigo o futuro, eu prometo esquecer contigo o passado. Quero-te por inteiro e completamente, e se faltar algum pedaço... não descansarei enquanto não o encontrar, porque se é teu... então também me faz falta.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Renovações



Foi quando me apercebi que o parapeito tinha caído, assim como o peito se havia destruído, assim como a casa havia deixado de ser lar.
Nem dia era e o tempo - nessa ordenação mecânica da vida - havia parado os ponteiros do desprezo abrindo vórtice à solidariedade emocional.
Os alinhamentos faseados de vidas em segunda mão correspondidos com a imaterial observação de quem ouve traduziram os sinais não pontuados da continuidade biótica: tudo o que sucumbe é o que renova.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Pequenos erros não podem separar grandes sentimentos



Sabes de uma coisa?
Nunca entendi muito bem o que significa guardar rancor das pessoas. Acho que é porque nunca consegui. Ah claro, já tentei! Muitas vezes. Quando alguém me magoava eu ficava a repetir para mim mesmo “Deixa de ser idiota, não perdoes, não perdoes, não perdoes!”. E isso dava certo, até a pessoa chegar com um sorriso no rosto e dizer “Desculpa-me, vá lá…”. Pronto. Eu desfazia a minha expressão de raiva e já ia para o abraço. E pensava para mim mesmo “Lá vai o idiota perdoar mais uma vez!”.
Já me martirizei muito por causa disso. Por não conseguir ficar com raiva das pessoas. Por me deixar levar com apenas um sorriso e uma promessa de que não vai acontecer de novo. Mas sabes o que eu descobri? Isso é lindo. Maravilhoso. Raro.
É claro que te vão magoar. Sinto dizer isto, mas o teu coração vai ser destroçado muitas vezes. Mas o segredo é atirar-se de cabeça sem se importar com as consequências. Se tu gostas de alguém, seja de que forma for, perdoa, insiste, vai até ao fim. Porque se não der certo, pelo menos tu poderás dizer que tentaste de todas as formas possíveis. Não há nada pior do que decepcionar-se com alguém que gostamos muito e só por orgulho não perdoar. Tu ficas a remoer para sempre aquela raiva misturada com o sentimento que um dia sentiste. Tu sentes-te um idiota por abrir mão de um sentimento tão grande a troco de um erro que poderia ser facilmente perdoado. Muitas vezes perdemos alguém de quem gostamos porque colocamos na nossa cabeça que a pessoa não merece o nosso perdão. Mas e se fossemos nós quem tivesse errado?
Eu não gosto de perder pessoas. Em hipótese alguma. Todo o mundo erra um dia. Às vezes fazemos coisas que não gostaríamos de ter feito. Arrependemo-nos. E não existe nada melhor do que ter alguém que acredite em nós. Alguém que acredite que nós podemos mudar. Alguém que diga ”Eu perdoo-te, porque o que eu sinto é maior do que o teu erro.” Alguém que não suporte a ideia de perder.
Eu sou esse alguém. Eu acredito nas pessoas. Eu acredito que erros são somente erros (e todos os cometem). Eu acredito que guardar rancor por pequenas coisas não faz de alguém esperto, só torna esse alguém um idiota. Um idiota que prefere perder uma pessoa que ama, do que perdoá-la. Um idiota que acha que ninguém pode errar.
Pequenos erros não podem separar grandes sentimentos. Lembrem-se disso.

Por JaFoste

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Pedaços de Pensamentos



"Não tiveste medo de partir nessa aventura?" perguntei.
"Os riscos deixam de ser assustadores quando os enfrentamos. O tempo perfeito para fazermos o que nos apetece não existe.
Há pessoas que passam uma vida inteira a dizer 'Um dia destes vou...' Isso é um vírus que as corrói até à sua morte.
Porque é que as pessoas trabalham intensamente nos melhores anos das suas vidas, na esperança de uma felicidade utópica nos últimos?"


quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

E quando encontramos a pessoa certa no momento errado?



Nós crescemos lendo em livros de romance como as pessoas se sentem quando amam, mas tudo parece meio exagerado. Como é que alguém pode fazer parte da gente? Como é possível sentir que encontramos o nosso lugar só porque estamos deitados abraçando aquela pessoa? Como a falta de alguém pode doer fisicamente? Nada daquilo jamais fez sentido na nossa cabeça. E ainda assim, passamos a sentir cada uma dessas coisas quando nos apaixonamos.
Mas o que acontece quando os dois se amam e ainda assim não dá certo? O que acontece quando é a pessoa certa no momento errado?
Nesses casos, chega um ponto em que temos que admitir que amar aquela pessoa não faz bem ou que aquele relacionamento não vai para lugar nenhum e precisamos tomar coragem para ir embora. Arrumamos desculpas para postergar o fim, mas ele está sempre à espreita, esperando apenas pronunciarmos as palavras. Até que um dia, finalmente conseguimos dizer: “Não consigo mais fazer isso”. E, como se essa frase tivesse algum poder mágico, tudo se acaba. O nosso mundo desaba e temos a sensação de que a pessoa levou embora uma parte nossa.
E então choramos. Não um choro de quem foi machucado, como na maioria dos términos. Não, choramos por tudo o que aquele relacionamento nunca terá a chance de ser, por todos os momentos que não poderemos ter. Choramos por uma história que acabou.
Eis que, após tantas lágrimas, o coração ainda fala. Ele grita acima do cérebro para insistirmos naquilo. Diz que quando se ama alguém, não é possível ignorar uma mínima chance de dar certo. Inunda a nossa cabeça falando que quem ama não se importa em se expor um pouco mais, mesmo que seja rejeitado, porque o arrependimento de não ter tentado é muito maior.
Nesse momento, ignoramos o nosso lado racional e corremos atrás de quem realmente queremos. Pode ser que acabe não dando certo. Pode ser que o timing realmente não fosse dos melhores. Mas só de saber que tentamos, já vale qualquer dor que possamos vir a sentir.
Tem gente que diz que um relacionamento termina bem quando não tem briga no final. Eu não acredito nisso. Para mim, ele termina bem quando sinto que faria tudo de novo, sofreria tudo de novo só para poder reviver todos os momentos bons. O meu ponto final é sentir que aquela história valeu a pena ter apostado todas as fichas, mesmo não tendo um “felizes para sempre” no fim.

Post by: http://lounge.obviousmag.org/devaneios_de_hoje/2015/01/e-quando-encontramos-a-pessoa-certa-no-momento-errado.html#ixzz3PvZQsujI