sexta-feira, 12 de abril de 2013

Loucos Sentimentos de um Barco sem Vela



Hoje soltei a sede da escrita, o desejo de sentir a alma amarrada neste canto de escrita! De refundir de novo o desejo, a vontade, o amor e o requinte de escrever! Porque entre todas as sensações que me poderias fazer sentir esta foi a mais intensa e de uma harmonia perfeita. Sem um único sentido ou lógica, diria mesmo sem um propósito atingível.
Porque no fundo do ser reside toda uma alma coberta de receios e medos, com desejos de ser livre e voar, de ser livre para te ver sorrir e sentir!
Porque no desejo de mais um cigarro e no fundo de mais um copo de vinho tinto carece a intensidade do teu sabor, do teu olhar, do teu toque e talvez mas só talvez o sussurro do teu suspiro ao ouvido na sua intensidade mais doce e meiga, de algo tão singelo e inocente.
E é nas palavras e nas pequenas confissões que todo o muro se desmorona e o meu ser fica despido de fantasmas e olhares diabólicos, é nestes pequenos dilemas que fico nu, que toda a coragem de leão se desvanece perante a tua essência e é na tua ausência que nada parece fazer sentido e a quente e amarga lágrima escorre pelo rosto, pela distância causada da tua ternurenta e melodiosa voz, pela falta das tuas mágicas e viciantes palavras, sabendo que perante o que faça e tente nada importara para te aliciar a ficar e permanecer neste pequeno canto de mundo e céu só nosso.
Porque é a cada dia que escurece e a noite cai na sua beleza e no seu silêncio contagiante, que os sonhos são levados, que toda a alegria se desvanece e que todo o som da tua palavra existente em mim se desfaz lentamente deixando-me em transe e de olhar vidrado cobrindo-me do frio do mar, do desejo de te estender no chão. E mais uma vez a noite torna-se longa, sentindo todos os sentimentos que me navegam na pele e me transformam neste corpo já fraco de lutar, sem saber como quebrar o silêncio da ausência e do desejo, navegando apenas nas nuvens de fumo deixadas pela marca de mais um cigarro errante e destruidor do corpo e da alma, tornando-se apenas desabafos de um louco, alucinado e sonhador... enfim um corpo de papel envelhecido!

1 comentário:

  1. Gosto da maneira como escreves, como colocas no papel aquilo que ela te faz sentir...

    Contudo, ela tem noção que causa tudo isso em ti?

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